SIMPÓSIOS TEMÁTICOS


SIMPÓSIOS TEMÁTICOS VIRTUAIS (STV'S):

STV 01: História social das ciências: a construção do conhecimento científico e suas dimensões sócio-políticas, econômicas, culturais e teórico-metodológicas


Proponentes: Luiz Cambraia Karat Gouvêa da Silva; Alexandre Ricardi; Sérgio Félix Pires (UNESP/USP)

Resumo: Não é novidade que o campo de conhecimento relacionado à História das Ciências e das Técnicas vem passando por transformações nas últimas décadas. Produções que inicialmente estavam voltadas para estudos disciplinares memorialísticos, que exaltavam as "conquistas" e "triunfos" dos diversos cientistas do passado, foram, cada vez mais, cedendo espaço para novos questionamentos. A partir da segunda metade do século XX, novas abordagens - tais como as da Sociologia e Antropologia das Ciências, da História Social, da Nova História Política, da História Cultural, da micro-história, das recentes abordagens histórico-econômicas, dos estudos que contestam a colonialidade e o eurocentrismo, etc. - influenciaram diretamente a forma como os estudiosos passaram a conceber a História das Ciências e das Técnicas. Muito além da habitual abordagem triunfalista, os historiadores contemporâneos se alinham, cada vez mais, a uma perspectiva heurístico-histórica, identificando os diversos elementos socioculturais que compõem o fenômeno científico e suas diversas representações. O presente simpósio tem por objetivo oferecer um espaço de discussão aos novos pesquisadores em História das Ciências e das Técnicas. Serão acolhidas investigações empíricas e teóricas sobre temáticas nacionais e internacionais que evidenciem o caráter plural e multifacetado que caracteriza os novos estudos da área. Referências: Steven Shapin, Thomas Kuhn, Marlon Salomon, Mauro Lúcio Leitão Condé, Gabriel da Costa Ávila, Shozo Motoyama.


STV 02: África e Diáspora Africana


Proponentes: Janira Sodré Miranda (Instituto Federal de Goiás); Rosinalda Olaséní C. da Silva Simoni (Universidade Federal do Tocantins/UNESP/PUC Goiás)

Resumo: O presente Simpósio acolherá pesquisas, concluídas ou em andamento, que tematizem os debates teórico-metodológicos sobre a história africana e afro-diaspórica no horizonte das agências, protagonismos e reinvenções negro-africanas no mundo transatlântico, com particular interesse sobre as experiências contra-coloniais. Reunirá especialistas, pesquisadores(as) acadêmicos(as), professores(as) e autoridades das expressões negro-africanas interessadas/os em pesquisar, aprofundar e difundir experiências de pesquisa, de ensino e de extensão sobre a temática. Acolherá trabalhos que abordem a discussão sobre as lutas e os significados de invenção da liberdade, com ênfase em trajetórias e afro-biografias de pessoas escravizadas, libertas e pessoas "de cor" nascidas livres, que ampliaram a presença negro-africana em lugares sociais diversos. Almeja-se agregar pesquisas que permitam um olhar sobre as construções de sujeitos em busca de reconhecimento de identidades historicamente subalternizadas, as implicações políticas, os conteúdos culturais e as transformações ocorridas entre os séculos XVIII e XIX. São desejáveis trabalhos que abordem emancipação/escravização negra, associativismos e irmandades negras; territórios negros rurais e urbanos; processos de racialização, significados políticos das classificações raciais. Serão acolhidas pesquisas e relatos de experiências sobre a questão africana na educação básica e o ensino da história da África e da cultura afrodescendente.

Mesa interna: História, escola e afro-centricidade

Integrantes: Adriana Rebouças (Vila Esperança); Thaís Rocha (UnB); Yordana Lara Pereira Rego

Mediação: Janira Sodré Miranda


STV 03: Dos usos e desusos da história: História Pública, Histórias Públicas


Proponentes: Bruno Flávio Lontra Fagundes (Universidade Estadual do Paraná -UNESPAR); Jiani Fernando Langaro (Universidade Federal do Goiás - UFG); Leandro de Araújo Crestani (Fundação Assis Gurgacz - FAG - Toledo - Paraná)

Resumo: Este Simpósio Temático está vinculado ao Grupo de Trabalho (GT) Histórias Públicas da ANPUH Nacional e das ANPUHs regionais Goiás e Paraná e será realizado EM MODO VIRTUAL. O Simpósio estará aberto a diversos tipos de contribuições - em qualquer formato expositivo de apresentação, e se disporá a qualquer forma de reflexão sobre a História Pública - sobre as indefinições ou diversas definições da mesma. Entendemos que a História Pública se caracteriza desde por seu aspecto temático-prático - que envolve seja a inserção de (as) historiadores (as) no debate público, tomando posições e participando em torno de questões do tempo presente, produzindo conteúdo histórico, criticando, e se inserindo em discussão para além do ambiente especializado acadêmico, entre tantas formas de tomada de posições, estendendo-se até o aspecto teórico-reflexivo da História Pública, quando é reflexão teórica diversa, em torno, dentre outros aspectos, ao da História conhecimento e sua história e/ou suas funções e, ainda, sobre as percepções que públicos têm do papel da História e dos (as) historiadores (as) na vida pública. Ademais, este Simpósio Temático se abrirá para abrigar textos de proveniência diversa, aceitando colaborações que tenham por plataforma de reflexão não só a literatura brasileira, mas a de diferentes países que, inclusive, têm bastante tradição de análise. O Simpósio Temático será, por isso, aberto a diversos textos e participações - convindo a cada participante apresentar aquilo que entende como História Pública, debatendo seus argumentos no âmbito das ideias e trocas dentro do campo de conhecimento, apresentando seus conteúdos como lhe convier, a fim de, para o debate acadêmico, publicizar práticas e reflexões que têm sido feitas e realizadas, as quais nem sempre têm vindo à luz a fim de serem examinadas.


STV 04: Interseccionalidades, história das mulheres e feminismos


Proponentes: Eliane Martins de Freitas (Docente UFCAT);  Flávia Pereira Machado (Docente IFG; Doutoranda PPGH/UFG)

Resumo: O presente ST se configura como uma 2ª edição do simpósio ocorrido na I Jornada Anômalos em dezembro de 2021. Propomos agregar comunicações que versem sobre o cruzamento entre as diferentes matrizes de opressão, a história das mulheres em suas múltiplas corporalidades e localidades e os feminismos em suas pluralidades. Pretende-se, dessa forma, reunir reflexões em torno das lutas e resistências de mulheres em diferentes temporalidades e espacialidades; a crítica aos processos colonialistas e a definição de lugares sociais/ papéis de gênero às mulheres e homens em espaços coletivos, comunitários e nos diversos grupos sociais; as agências de mulheres às margens, como as camponesas, indígenas, ribeirinhas, quilombolas, periféricas, mães, entre outras, nos diferentes espaços de atuação política e cotidiana que visem o fortalecimento dos movimentos sociais, culturais e populares a partir das relações de gênero, raça, sexualidade, territorialidade, entre outras marcações, e na luta pela superação das desigualdades históricas; as percepções de gênero, raça, etnicidade, classe, etarismo na participação e ação das mulheres nos processos de produzir a vida em comunidade, a partir de experiências pautadas nas perspectivas feministas populares e decoloniais; práticas pedagógicas e teóricas interseccionais e feministas no campo da História e das Humanidades; experiências de atuação popular, interseccional e feminista nos espaços públicos, políticos e educativos. Para tanto, propomos construirmos, coletivamente, um espaço de diálogos e afetos entre pesquisadorxs, professorxs, estudantxs e ativistas, na divulgação de pesquisas acadêmicas, bem como de relatos de experiências de militância, de práticas educativas e outras que contribuam para a temática do presente ST.


STV 05: Ensino de História e História do Tempo Presente


Proponentes: Álvaro Ribeiro Regiani (Universidade Estadual de Goiás); Makchwell Coimbra Narcizo (PUC Goiás/Universidade Estadual do Piauí)

Resumo: A presente sessão busca reunir pesquisas em torno da dimensão dilemática da escrita da história e seus usos públicos de modo a analisá-la como ações políticas no tempo presente. Consideramos importante pesquisas que articulem depoimentos, testemunhos, memórias, histórias de vida e biográficas voltadas a um pensamento críticoreflexivo e/ou a uma educação articulada nos Direitos Humanos. Dada a crescente onda de intolerância ao conhecimento e a pluralidade de pensar e existir espelhadas em negacionismos e revisionismos, pretende-se discutir trabalhos que reflitam como a alteridade e o conhecimento histórico sobre o tempo presente possibilitam um ensino de história compromissado com os valores advindos de ações solidárias e democráticas no combate às práticas e políticas autoritárias.


STV 06: Poder, Memória e Cultura no Medievo: narrativas e perspectivas historiográficas


Proponentes: Hugo Rincon Azevedo (Universidade Federal de Goiás); Johnny Taliateli do Couto (Universidade Federal de Goiás)

Resumo: Os estudos em História Medieval têm ganhado grande relevância nas pesquisas acadêmicas brasileiras recentemente. Uma significativa parte da produção historiográfica sobre Idade Média em nosso país é também realizada nas universidades do Centro-Oeste. Essas pesquisas têm se dedicado a abordar as potencialidades políticas, culturais e sociais do medievo, analisando e revisitando fontes e documentações, tentando compreender as continuidades, permanências e rupturas, nos períodos seguintes da história aos nossos dias. Como atividade do GT de História Medieval da ANPUH Goiás, propomos esse Simpósio Temático objetivando discutir a diversidade de formas de poder, políticas, relações culturais e a construção de memórias acerca do medievo, instigar reflexões sobre a historiografia produzida no âmbito dos estudos medievais, investigar suas singularidades e confrontá-las com questionamentos sobre os usos do passado nos vestígios de memória escrita, as narrativas e fontes, buscando compreender como esse passado tem sido revisitado, compreendido e interpretado pelos historiadores. A metodologia adotada pelo ST será a apresentação das comunicações, agrupadas pelos coordenadores pela proximidade temática, seguida de discussões, que resultarão em contribuições, sugestões e propostas de novas pesquisas.


STV 07: Cinema e História


Proponentes: Jean Isídio dos Santos (UEG); e Marcus Vinícus Costa da Conceição (Instituto Federal Goiano - Campus Morrinhos)

Resumo: Este simpósio temático tem como objetivo construir debates e reflexões em torno das possibilidades entre o cinema e a História. O cinema desde o início do século XX foi se constituindo, se formando com uma linguagem própria que é perpassada pelas mensagens fílmicas, que vão se modificando de acordo com as transformações históricas e sociais. Trata-se de estabelecermos diversos diálogos com o campo cinematográfico: a análise das mensagens fílmicas, dos valores que são perpassados, da reconstituição do passado, do cinema e a ideologia, da interferência estatal nas produções fílmicas, do cinema enquanto propaganda (regimes totalitários), da produção cinematográfica na América Latina, das representações do cinema e das lutas históricas e sociais, etc., Em síntese esse simpósio busca abarcar trabalhos que reflitam nas diversas possibilidades do cinema na historiografia.


STV 08: A História da Educação no Brasil e em Goiás: entre temas, perspectivas e fontes


Proponentes: Ana Raquel Costa Dias (SME-GO /PPGE-FE/UFG); Alessandra de Oliveira Santos (SEDUC GO /PPGE UFG); Keides Batista Vicente (UEG)

Resumo: A proposta de Simpósio Temático A História da Educação no Brasil e em Goiás: entre temas, perspectivas e fontes, se impõe fundamentalmente, como espaço de reflexão e discussão, em torno das diversas inquirições, recortes e estudos que permeiam uma multíplice gama de fontes da História da Educação. O escopo se apoia na discussão de pesquisas, em andamento ou concluídas que estabelecem relações, entre e sobre a educação como objeto da pesquisa histórica. Justifica-se a relevância de apresentar tempos, espaços e sujeitos, participes da História da Educação brasileira e de Goiás. Sobretudo, considera-se de suma importância a participação e contribuição de pesquisadores e pesquisadoras da área e especialmente dos professores e professoras da educação básica. Para isso, leva-se em consideração, a importância da construção de uma historiografia da educação multifária, e na consonância da existência abundante e enriquecedora de fontes. Ademais, tem-se em conta, o valor das investigações concernentes aos balanços e levantamentos bibliográficos, impressos escolares, biografias, análises teóricas-metodológicas, instituições, monumentos, representações de infância e juventude, dentre outras possibilidades. A proposta se dedica singularmente a receber pesquisas voltadas para temáticas regionais que abarquem recortes singulares.


STV 09: Decolonialidade, natureza e resistência étnica na América Latina


Proponentes: Clerismar Aparecido Longo (PPGHIS/UnB);  Maria do Espírito Santo Rosa Cavalcante Ribeiro (PUC-Goiás)

Resumo: O sistema de classificação na ideia de raça foi operante no processo de constituição do padrão moderno/colonial de poder global sob domínio da Europa Ocidental, no qual, a identidade do branco europeu ali desenhada sob a presunção de superioridade em relação aos não brancos, foi elemento determinante para a justificação da exploração, dominação e subalternização dos povos nativos das Américas, dos africanos e afrodescendentes. À custa desse trabalho escravo, exploraram e destruíram demasiadamente os recursos naturais, como também desmantelaram os saberes e tradições que norteavam a relação das culturas ameríndias e afrodescendentes com a natureza, na tentativa de destruírem suas cosmologias, porque consideradas inferiores ao sistema de pensamento eurocêntrico. Após a abolição da escravidão, os não brancos foram conduzidos à miséria e ao subemprego, enquanto a elite branca burguesa monopolizava o poder do Estado e da economia a seu favor. Não por acaso, na atualidade, as comunidades quilombolas, indígenas e ribeirinhas têm as suas cosmologias e territorialidades ameaçadas pela exploração neoliberal presente nos desmatamentos, mineração, monocultura extensiva etc. Tendo em vista o exposto, neste Simpósio Temático tem-se como objetivo, a partir da chave de leitura decolonial, debater pesquisas que tratam das experiências históricas sobre os saberes, práticas, tradições e cosmologias de grupos étnicos que resistiram ao colonialismo e os que resistem à exploração neoliberal, como também serão bem-vindos trabalhos que tratem dos processos de territorialização e desterritorialização desses grupos étnicos, suas relações com a natureza, seus modos de cultivo e a conservação da biodiversidade e de suas culturas.


STV 10: Marxismo e História


Proponentes: João Alberto da Costa Pinto (FH/UFG); David Maciel (FH/UFG)

Resumo: O Simpósio temático "Marxismo e História" receberá trabalhos que se proponham a discutir a produção teórica e historiográfica do marxismo relacionando-a às questões teórico-metodológicas, às relações entre economia, sociedade e política, ao conteúdo e caracterização dos tipos de Estado e das formas de poder, à vinculação entre classes sociais e movimentos político-culturais, à análise historiográfica comparada de trajetórias intelectuais, à formação e desenvolvimento das ideologias e visões de mundo junto a processos de mudança histórica.


STV 11: História da política e política na História: diálogos metodológicos


Proponentes: Alesson Ramon Rota (IFCH-UNICAMP); Eduardo José Neves Santos (FFLCH-USP); Vítor Bianconi Menini (IFCH-UNICAMP)

Resumo: A renovação da história política, ainda nos anos 1980, foi aperfeiçoada por noções oriundas da história cultural e da linguística, dos debates sobre narrativas, discursos e representações, e conta com um amplo repertório de conceitos que contribuem para pesquisas em história. Nesta esteira, este simpósio temático abre chamada para um amplo espectro de pesquisas que transitam entre a história das relações de poder e a escrita da história. São bem-vindas propostas que tenham como tema relações políticas, em escala local ou transnacional, que se dediquem às gerações, instituições, espaços de sociabilidade e redes. A expansão dos temas relacionados ao político tem sido acompanhada de novas possibilidades documentais, sejam elas analógicas ou digitais, como a exploração de acervos documentais privados e sua contribuição para novas questões sobre documentação pública. Cartas, rascunhos, diários se tornam elementos importantes para interrogação de periódicos, intervenções institucionais, deliberações políticas, entre outras. No digital, a ampliação da análise política vai em direção às redes sociais, páginas de internet, formas de preservação do documento e métodos de análise. As renovações da história política, destarte, são acompanhadas de decisões políticas próprias do métier do historiador.


STV 12: Museus, Patrimônio Cultural e Memória


Proponentes: Sura Souza Carmo (Departamento de Museologia UFS e Doutoranda em Museologia e Patrimônio UNIRIO/MAST); Filipe Arnaldo Cezarinho (Doutorando em História na UFRRJ)

Resumo: Apresente proposta de simpósio temático tem por objetivo discutir os museus e o patrimônio cultural a partir de estudos interdisciplinares - História, Museologia, Educação etc. - considerando coleções museológicas, bens tangíveis e intangíveis como objetos de estudo e fontes para a compreensão de aspectos político e sociais no Brasil do século XX ao Tempo Presente. Compreende-se os museus e os bens patrimonializados como expressões, em muitos casos, de políticas sobre a memória ou da nacionalidade, frutos da escolha de grupos hegemônicos, assim como de fricções de movimentos sociais articulados. Ao optar-se por estudos interdisciplinares, o ST - Museus, Patrimônio Cultural e Memória está aberto às perspectivas teórico-metodológicas diversas, objetos e abordagens plurais. Desse modo, serão bem-vindos estudos que versem sobre: I) história da formação de coleções museológicas (GONÇALVES, 2007; ABREU,CHAGAS, 2007); II) estudos voltados para a valorização/desvalorização de bens culturais (JOHN, 2021); III) relação patrimônio e cotidiano (LEGOFF, 1990); IV) políticas patrimoniais no Brasil (CHARTIER, 1991; GONÇALVES, 2005, 2009; CHUVA, 2009); V) patrimônio e decolonialidade (QUIJANO, 2007; MIGNOLO, 2007; DÍAS-PÉRES, 2017); VI) Saberes populares e Patrimônio Cultural Imaterial; VII) Educação Patrimonial (HORTA, 2005; FLORÊNCIO, 2012; TOLENTINO, 2018, 2019); e VIII) ensino de história em museus (RAMOS, 2020).


STV 14: Mundos do trabalho: Trabalho livre e escravizado no Brasil no século XIX e XX

Atenção: O STV 14 alterou a data de 3 de maio para 5 de maio.


Proponentes: Marcos Alesandro Neves dos Santos (Doutorando PPGH UFSM); Márcio Romerito da Silva Arcoverde (Mestre pela UFRPE)

Resumo: Este simpósio temático tem como proposta reunir pesquisadores e pesquisadoras da área da História do Trabalho para refletir, discutir, pensar e problematizar sobre as dimensões do trabalho livre e escravizado no século XIX e XX no Brasil. Dessa forma, temas como lutas pela liberdade e por direitos, moradia operária, movimentos de caráter mutualista, greves, sociabilidades operárias além fábrica entre outros aspectos que se fizeram presente na vida de homens e mulheres e dos Mundos do trabalho serão bem vindos neste simpósio.



STV 16: A presença da ausência: ensino de História e contexto pandêmico


Proponentes: Jaciely Soares da Silva (Instituto Federal do Norte de Minas Gerais/ Salinas); Márcia Pereira dos Santos (Universidade Federal de Catalão)

Resumo: Propomos este simpósio temático como um espaço para discutirmos os desafios e práticas encontradas por professores e professoras de história no contexto do ensino durante os anos de 2020 e 2021. Muito se falou em ensino remoto, ensino a distância, entre outras denominações, mas pouco ainda se refletiu em como tais formas de se ensinar história reverberaram nas salas de aula. Partindo da nossa experiência do Ensino Superior, na área de formação de professores, mas em contato direto com a Educação Básica, nosso intuito é provocar esse debate e, acima de tudo, reunir as reflexões de quem enfrentou uma situação muito específica como docente. Compreendemos que ensinar história pode ser pensado também como um ato de rememoração, quando percebemos que "A rememoração também significa uma atenção precisa ao presente, particularmente a estas estranhas ressurgências do passado no presente, pois não se trata somente de não se esquecer do passado, mas também de agir sobre o presente". (GAGNEBIN, 2001, p. 91). Dessa forma, esperamos abrir um debate de como em tempos pandêmicos o passado foi mobilizado nas salas de aula e, ainda problematizar o significado do mesmo em momentos obscuros.


STV 18: Didática da História e Ensino de História: entre a cultura digital, o ciberespaço e as novas tecnologias nos processos de ensino e aprendizagem


Proponentes: Wilian Junior Bonete (UFPEL); Júlia Silveira Matos (FURG)

Resumo: A ciência da História tem sido há muito interpretada como um campo de estudo e aprendizagem do passado pelo passado. Não é incomum ouvir que a História é a ciência que estuda o passado. No entanto, a História ao contrário disso estuda a ação humana no tempo, portanto, seu objeto são as mudanças no tempo causadas pelas ações humanas. Nas últimas décadas temos assistido a um intenso desenvolvimento das novas tecnologias e dos novos suportes de informação e comunicação que passaram a impactar o cotidiano dos indivíduos nas diferentes sociedades. Além disso, o desenvolvimento tecnológico também está impactando fortemente os processos educativos, gerando novas demandas de aprendizagem. Neste sentido, a proposta deste Simpósio Temático é criar um espaço frutífero para discussões de trabalhos (de pesquisadores, professores, de programas como o residência pedagógica, o PIBID ou iniciação científica) que abordam a aprendizagem histórica es suas interfaces com as novas tecnologias, com a cultura digital, com o ciberespaço e os seus produtos didáticos que impactam os processos de ensino e aprendizagem. Temos como perspectiva teórica a Didática da História, que conforme Jörn Rüsen (2010, 2012), é a ciência da aprendizagem histórica, que analisa todas as formas e funções do raciocínio, da consciência histórica e do conhecimento histórico na vida cotidiana. A partir dessa conceituação, o autor nos deixa claro a vinculação entre a formação, o desenvolvimento da consciência histórica, a vida prática e o conhecimento histórico. Diante do exposto, se faz emergente discutirmos temas relacionados à Didática da História e ao ensino de História a partir das práticas de ensino e pesquisa que envolvam as tecnologias digitais, a cultura digital e o ciberespaço que, de uma maneira mais ampla, visem contribuir para a formação do pensamento e da consciência histórica em suas múltiplas dimensões.


STV 19: Mídias, Tecnologias e História: Pesquisa, Memória e Contemporaneidade


Proponente: George Leonardo Seabra Coelho (Programa de Pós-Graduação em História das Populações Amazônicas - PPGHispam-UFT)

Resumo: Com a crescente popularização da internet, mídias digitais e tecnologias digitais nos últimos dez anos, torna-se importante problematizar o quanto esses produtos provocam transformações na comunicação e no acesso à informação. Essas mudanças têm criado novas necessidades de consumo, despersonalizaram as relações e, ao mesmo tempo, reformularam as relações entre os sujeitos e o tempo. Para além das preocupações referentes às variedades de equipamentos comercializados, das formas como foram inseridos nos imaginários sociais e das formas como vêm modificando as relações sociais, torna-se fundamental que os historiadores incorporem esses debates em suas práticas de pesquisa e ensino de história. Frente a essas questões, o presente Simpósio Temático têm o objetivo de aceitar trabalhos que possam: ampliar o debate referente as pesquisas dedicadas as diferentes mídias - digitais e analógicas - e suas interfaces históricas; provocar o debate sobre a história social da tecnologia, seus métodos, suas abordagens e suas fontes; problematizar os usos das tecnologias digitais e mídias digitais no processo ensino aprendizagem de História; levantar questões sobre publicização dos conhecimentos históricos e das Fake News nas redes sociais e mídias digitais; e discutir os impactos destas inovações tecnológicas entre as comunidades tradicionais, indígenas e/ou quilombolas. Ao propor este Simpósio Temático, pretendemos abrir a possibilidade de dialogar no âmbito da pesquisa em história e no ensino de história, onde os pesquisadores possam expor suas pesquisas concluídas ou em andamento.


STV 20: Os povos indígenas na história brasileira contemporânea: autoritarismo e repressão


Proponentes: Carlos Benítez Trinidad (Pós-Doutorando/ Universidad de Santiago de Compostela - Espanha); Paulo César Gomes (Pós-Doutorando/ Núcleo de Estudos Contemporâneos da Universidade Federal Fluminense - PPGH-NEC/UFF)

Resumo: O Simpósio Temático tem como objetivo analisar a questão indígena durante o período republicano brasileiro, com ênfase nos anos da ditadura militar (1964-1985). A abordagem adotada enfatiza a história das populações indígenas buscando entendê-las em suas particularidades, emancipando-as das ideias de nacionalidade e de Estado nacional, visto como uma estrutura "natural", isto é, seguindo a linha teórica da história transnacional (NGAI, 2021). Essa perspectiva não exclui a centralidade de analisar as políticas autoritárias e repressivas, tanto oficiais quanto clandestinas, utilizadas pelo Estado brasileiro contra os indígenas, sobretudo durante o regime militar (TRINIDAD, 2019). Práticas que foram utilizadas até mesmo para além das fronteiras do país. Aceitaremos trabalhos que tratem das relações entre os indígenas e o autoritarismo e as práticas de violência não apenas do Estado brasileiro, mas também de outros Estados latino-americanos. No caso brasileiro, seria muito enriquecedor receber propostas de comunicação que teçam relações entre as políticas desenvolvimentistas do Estado e como estas afetaram as populações indígenas (TOMMASI, 2020), bem como as que procurem analisar os diferentes usos políticos da questão indígena feitos pelas instituições estatais com o intuito de construir uma ideia de identidade nacional (CUNHA, 1992). Sendo um tema ainda pouco explorado, receberemos com especial entusiasmo trabalhos que tenham como enfoque compreender as particularidades das relações entre o Estado brasileiro e as populações indígenas na região central do Brasil.


STV 24: Emancipações e Pós-Abolição em Goiás e no Distrito Federal: ampliação do repertório de histórias da escravidão e da liberdade negra no Brasil


Proponentes: Ana Flávia Magalhães Pinto (PPGHIS/UnB); Murilo Borges Silva (CHL/UFJ)

Resumo: O campo de pesquisa nomeado de emancipações e pós-abolição tem se ampliado na historiografia brasileira, permitindo-nos conhecer e debater sobre as experiências de sujeitos negros que, mesmo durante a vigência da escravidão, viveram em liberdade ou, por meio de estratégias diversas, a conquistaram. Do mesmo modo, os estudos deste campo preocupam-se em discutir as configurações sociais estabelecidas no pós-abolição, destacando os processos de construção, ampliação e significação da liberdade e da cidadania. Apesar dos avanços, os desafios deste campo de pesquisa persistem e se atualizam, a exemplo do verificado para regiões como Goiás e Distrito Federal, cujas narrativas históricas, em grande medida, ainda privilegiam as experiências de pessoas e grupos sociorraciais brancos ou se restringem aos enquadramentos da história regional. No caso de Goiás, isso se agrava quando refletimos sobre temporalidades um pouco mais recuadas. Para os séculos XVIII e XIX, a tendência é reduzir homens e mulheres negras tão somente à escravidão. No caso do DF, o desafio passa por superar a redução da presença negra à figura dos "candangos", entendidos como trabalhadores da construção civil que teriam a única função de ser força de trabalho para a edificação de prédios e monumentos no período da construção de Brasília. Este Simpósio Temático, vinculado ao GT Nacional Emancipações e Pós-Abolição da Anpuh, visa, portanto, congregar pesquisadoras/es interessadas/os nas lutas por e nas experiências de liberdade, estudos de trajetórias, abolicionismos negros, fluxos migratórios, redes de sociabilidade, associativismos e ativismos, territórios negros rurais e urbanos, práticas culturais, entre outros temas e aspectos que contribuam para os debates relacionados a história social da escravidão, da liberdade e do pós-abolição na região, bem como em outras partes do país.


STV 25: História e Imagens: crise ambiental e vulnerabilidades sociais entre narrativas e representações


Proponentes: Fernando Martins dos Santos (Doutorando PPGH UFG); Robson Nunes da Silva (Doutorando PPGH UFG)

Resumo: Atualmente, frente a diversos estudos que colocam a imagem como fonte e problema de pesquisa, tal objeto tem ganhado espaço e tem sido problematizado a partir de novos questionamentos. Pensamos através de imagens e as imagens nos pensam. Perceber a imagem bem como o seu entorno de produção possibilita, dentre muitas análises, a percepção de tempos e memórias que, muitas vezes, direcionaram olhares ou os modificaram. Na contemporaneidade, a ação humana, sob a máxima do capitalismo, estabelece demasiado uso dos recursos naturais não renováveis e, consequentemente resultando, quase sempre, na degradação socioambiental. Esse fenômeno, para além de ser uma exclusividade do tempo presente, possui raízes profundas no tempo pretérito. Dessa atividade, narrativas e imagens emergem, em emergências, irrompendo as profundezas de modo que, possibilitam a abertura de novos espaços de discussão, diálogos e lugares de debate, evidenciando, sob o olhar atento do conhecimento, para os excluídos, os invisíveis. O presente Simpósio Temático tem como base os estudos realizados a partir da Grupo de Estudos de História e Imagem (GEHIM) e busca reunir pesquisadores e pesquisadoras que se dedicam aos estudos plurais entre os diálogos possíveis através da relação História e Imagens (fotografias, pinturas, desenhos, charges, vídeos, televisão, quadrinhos etc.), entendendo o campo das imagens e da historiografia como representação e agente histórico, a fim de refletir sobre experiências, tradições, culturas, formas de ação política e também sobre a memória.


SIMPÓSIOS TEMÁTICOS HÍBRIDOS (STH'S):

STH 21: Mulheres negras, religiosidades e feminismos

SALA FÍSICA (PUC GOIÁS):

03/05 - 13:30 - 17:30 - sala 205 

04/05 - 13:30 - 17:30 - sala 207 


Proponentes: Rosinalda Olaséni C. S. Simoni (Universidade Federal do Tocantins); Thais Alves Marinho (PUC-Goiás); Tânia Ferreira Rezende (Universidade Federal de Goiás)

Resumo: A partir do conceito de 'colonialidade do poder e de gênero', buscamos refletir nesse GT sobre a relação entre o feminismo na cosmovisão Iorubá e as religiosidades nascidas no Brasil. Abrimos um leque de possibilidades de pesquisa sobre o lugar das mulheres negras nos espaços religiosos, refletindo sobre o "matriarcado", nesse contexto, bem como a presença da religião no cotidiano dessas mulheres. Diferentemente das religiões de base cristã, as religiosidades de matrizes africanas está diretamente relacionada às raízes da população negra e as fronteiras impostas a partir desse lugar. Ademais, cabe analisar quanto destas manifestações religiosas encontram-se inseridas no que se denominou catolicismo popular. E, tratando-se de uma população subalternizada historicamente, o debate sobre esta temática é necessariamente um ato político, considerando a resistência das comunidades negras aos "regimes de verdades" e aos "regimes de representação" impostos. Ressalta-se que o universo estritamente ritualístico destas religiosidades não é priorizado neste GT. O mesmo apoia-se nos debates que adentram os terreiros de Candomblé, os afrocatolicismos, bem como a Umbanda, para reforçar a necessidade de promover uma reflexão epistemológica, em prol de um feminismo negro situado, localizado e enunciado filosófica e culturalmente nos espaços religiosos, desde que a religião seja compreendida como elemento fundante de identidades sociais existentes. Além disto, acolhe pesquisas sobre fragmentos da história dos terreiros, no Brasil e na América Latina, o afrocatolicismo, as manifestações culturais negro-mestiças, irmandades católicas e movimentos políticos em busca de justiça. Pretendemos aproximações cosmológicas entre estas distintas manifestações, vislumbrando a consolidação do conceito feminismos de terreiros.

Mesa interna: Mulheres Negras em Primeira Pessoa(s)

Integrantes: Profª Drª Tania Rezende (UFG); Profª Drª Denise Maria Botelho (UFRPE); Profª Drª Paty Marinho (MAE)

Mediação: Profª Drª Rosinalda Simoni (UNESP/UFTO); Profª Drª Thais Marinho (PUC Goiás)


STH 22: Vulnerabilidades do ensino de história: que espaços perdemos na escola?

SALA FÍSICA (PUC GOIÁS):

03/05 - 13:30 - 17:30 - sala 206


Proponentes: Lucília Maria Esteves Santiso Dieguez (Secretaria de Educação do Rio de Janeiro/GT Ensino de História e Educação ANPUH GO); Patrícia Maria Jesus da Silva (RME Goiânia/CPH Gyn/ GT Ensino de História e Educação ANPUH GO)

Resumo: Considerando a pandemia do Covid-19, que reconfigurou as estratégias de ensino, exigindo dos docentes habilidades com mídias, adaptação do currículo e reorganização do espaço doméstico enquanto ambiente de trabalho, foram perceptíveis as vulnerabilidades às quais foi submetido o Ensino de História, principalmente pela ausência de política pública que o respaldasse em meio às incertezas (Dieguez, 2021). Diante de um cenário repleto de notícias falsas e de ataques infundados à ciência histórica, vimos crescer sites, blogs, youtubers que, estrategicamente "amparados" por posturas negacionistas, sentiram-se confortáveis em perpetuar tais ações online. Lembrando que, as redes sociais de comunicação servem, muitas vezes de suporte para sedimentar estas desconfianças em relação aos fatos históricos, descredibilizando a escola, a ciência e dando lugar a um leque de mentiras (Nascimento; Campos, 2020), cujos efeitos são diretamente sentidos no Ensino de História, alvo principal destes ataques. Neste retrato de narrativas infundadas, o papel do professor(a) de História é averiguar essa gama de versões disponíveis, "buscando a consistência empírica e a lógica que possam validá-las ou refutá-las" (Nicolini; Medeiros, 2021, p.281), percebendo esses respingos, principalmente, neste momento de condição sanitária periclitante. Raciocinando sobre essas questões, o simpósio temático pretende tratar da vulnerabilidade do Ensino de História dentro das unidades escolares, reunindo pesquisas, relatos de experiências e propostas que tragam indícios, respingos e impasses observados pelos docentes, além de trabalhos que analisem essa perda de espaços sofrida pela disciplina histórica em pequenas/grandes ações do dia-a-dia no ambiente escolar. O simpósio temático se propõe a levantar ainda a seguinte hipótese: o modelo remoto de ensino e a condição pandêmica foram sinais facilitadores para retirar o espaço da História na escola, tornando-a vulnerável?

STV 17: Sala de aula: história e natureza em debate

Proponentes: Sadrack Oliveira Alves (Mestrando PPGEEB/CEPAE/UFG); Patrícia Martins Alves do Prado (Mestranda PPGH/UFG)

Resumo: A humanidade tem percorrido um longo caminho explorando sem moderação os recursos naturais para produzir o desenvolvimento econômico. Partindo do pressuposto de que educar é um ato político, entendemos que o campo da educação, em específico a interdisciplinaridade a partir do componente curricular de História, tem uma parcela de contribuição significativa para a formação cidadã crítica-ambiental. O presente simpósio tem por objetivo reunir trabalhos acerca da relação do ser humano com meio ambiente e suas vulnerabilidades, abrangendo pesquisas que contribuam para a conscientização acerca da preservação do meio ambiente e de mecanismos que favorecem a participação democrática nas tomadas de decisões a partir de uma gama variada de fontes, tais como: jornais, filmes, arquivos, história oral e literatura. Também serão bem vindos trabalhos que tragam relatos de experiências de docentes da educação básica e superiores acerca da educação ambiental. Ailton Krenak, na obra Ideias para adiar o fim do mundo, questiona: "Por que insistimos tanto e durante tanto tempo em participar desse clube, que na maioria das vezes só limita a nossa capacidade de invenção, criação, existência e liberdade?" (KRENAK, 2019, p. 13). Neste sentido, é necessário refletir acerca da capacidade de autodestruição que a humanidade possui e pensar outros caminhos. A justificativa para o trabalho com as questões ambientais a partir da interdisciplinaridade é pautada nas convicções de Daniel Munduruku (2021, online), acerca da responsabilidade de todos, "o que afeta a natureza atinge os filhos dela, (...) afinal, eles dependem diretamente da floresta para sobreviver. É o desequilíbrio ambiental que está posto".


STH 23: História e Patrimônio Cultural: Políticas públicas, educação patrimonial, diferenças e desigualdades sociais

SALA FÍSICA (PUC GOIÁS):

03/05 - 13:30 - 17:30 - sala 207 

04/05 - 13:30 - 17:30 - sala 208 


Proponentes: Cristina Helou Gomide (UFG); Sandra Pantaleão (PUC Goiás)

Resumo: O Simpósio temático visa reunir pesquisadores cujas pesquisas estejam relacionadas às políticas públicas, o acesso à informação, as práticas culturais e seus agentes. Buscam-se discussões que suscitem reflexões sobre os movimentos de mudanças, transformações, resistência e dissonâncias numa abordagem historiográfica e atualizações mediante às práticas de educação museal e educação patrimonial. Também consideram-se as pesquisas relativas às manifestações de grupos minoritários, o reconhecimento das diferenças, tendo em vista reflexões sobre as matrizes discursivas hegemônicas, relações de pertencimento e espaços e espacialidades que reflitam memórias e patrimônios coletivos.


STH 26: Religiões, História e Religiosidades

SALA FÍSICA (PUC GOIÁS)

03/05 - 13:30 - 17:30 - sala 208

04/05 - 13:30 - 17:30 - sala 209 

05/05 - 13:30 - 17:30 - sala 208


Proponentes: Eduardo Gusmão de Quadros (PUC Goiás); João Paulo de Paula Silveira (UEG)

Resumo: A História das religiões tem um foco de investigação fugidio, pois através do tempo sagrado suas manifestações mantêm uma relação tensa com o mundo histórico. Recorrem à eternidade para superar as dificuldades e oferecer um sentido perene à vida. Esse simpósio temático tem por objetivo central pensar os conceitos, métodos e fontes de pesquisa que delimitam na sociedade o religioso, bem como a influência deste nos demais campos sociais. Visamos reunir trabalhos acadêmicos que tratem da história das instituições religiosas, das teologias, da circulação das crenças, da formulação de confissões e identidades. Interessa, ainda, o desafio da laicidade, caminho que direciona os sujeitos religiosos para a construção de relações democráticas.


STH 27: Lutas por Liberdade, Direitos e Cidadania no Brasil do século XVIII ao XXI

SALA FÍSICA (PUC GOIÁS):

03/05 - 13:30 - 17:30  - sala 209 


Proponentes: Jefferson Roberto Nascimento Acevedo (SME Goiânia); Igor Fernandes de Alencar (PPGH/UFF)

Resumo: A disseminação e imposição das concepções europeias de direito ainda dispõe de maior complexidade dentre os estudiosos do campo da História e do Direito. Mesmo na experiência colonial, sujeitos historicamente racializados constaram de envolvimento nos processos de produção normativa. Nas américas, ou em outros sistemas jurídicos não-europeus, indivíduos e suas comunidades locais também dispuseram de sentidos de direito e justiça entorno da elaboração de leis. Antes da independência do Brasil em 1822, discursos políticos já exprimiam os ideais de nação e cidadania no país, contrastados pela constituição da escravidão. A abolição da escravidão (1888) e a instituição da República (1889), em si mesmos, não garantiram cidadania a todos brasileiros. Nosso objetivo neste Simpósio Temático é refletir acerca das leis produzidas numa sociedade marcada pela experiência da escravidão, e do agenciamento (individual e coletivo) daqueles que buscaram se expressar através destes códigos, bem como do sentido e implicações para uma cidadania de maior intensidade. Conquista dos movimentos sociais negros, aqui também nos interessa às demandas sociais inscritas na lei 10.639 (2003), sobre o ensino de História da África e da Cultura Afro-Brasileira, servindo de instrumento de enfrentamento do racismo através do campo educacional.


STH 28: Poder, Crises e Vulnerabilidades na Antiguidade

03/05 - 13:30 - 17:30 - sala 210 

04/05 - 13:30 - 17:30 - sala 210 


Proponentes: Victor Passuello (UEG); Ivan Vieira Neto (PUC Goiás)

Resumo: Durante o XIII Encontro Estadual de História da ANPUH-GO, o Simpósio Temático do Grupo de Trabalho em História Antiga (GTHA) será realizado em formato híbrido. Abrindo-se às contribuições de estudantes da Iniciação Científica e dos Programas de Pós-Graduação em História e áreas afins, este Simpósio Temático Híbrido propõe o debate sobre o conceito de poder e suas manifestações políticas e culturais ao longo da Antiguidade. Visamos enfatizar as relações entre os agentes políticos e o poder, bem como analisar os caminhos que se apresentam no decurso das instabilidades e das crises (cujas causas podem ser econômicas, políticas ou socioculturais), pois são os contextos mais críticos que impulsionam as maiores rupturas e transformações nas arenas políticas e nos diferentes espaços de exercício das sociabilidades e do poder. As crises também constituem um momento especialmente sensível aos grupos sociais mais vulneráveis de qualquer sociedade, pois expõem a fragilidade das desigualdades e desmascaram os discursos de estabilidade dos agentes do poder e os seus interesses políticos e sociais. Assim, nossa intenção é perceber como as crises contribuem para uma percepção mais clara sobre a história dos povos e grupos subalternos na antiguidade e as relações que eles estabelecem com os agentes do poder.

Associação Nacional de História - ANPUH GO
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